1 de março de 2016

SEM COMPARAÇÃO POSSÍVEL



Comparar a 'Bagagem' académica, profissional e intelectual de Raquel Varela, Investigadora e Historiadora (Ver o seu perfil aqui), com a de Henrique Raposo, cronista menor do jornal Expresso (Ver seu perfil aqui), é, no mínimo e como se diz na minha santa térrinha - Comparar a Feira de Beja com o olho do cu.

Não tem comparação possível, mas como vivemos numa sociedade 'moderna' mas retrógrada para não se destacar das outras que tais, tudo parece o contrário.

As elites que controlam o poder (em todas as áreas da sociedade portuguesa), não querem de forma alguma cidadãos inteligentes (porque saberiam mais que eles), dinâmicos, intelectualmente elevados, cultos. Quanto mais burros, melhor. Quanto mais imbecis, melhor. Quanto mais idiotas, melhor. Para se preparar um povo para que seja obediente, medíocre e escravizado para servir o 'Capital' (sem ele, povo, se aperceber), as elites servem-se de uma quantidade de ferramentas que chega a impressionar. Parafraseando Guy Debord -  Para o autor francês, o capitalismo é um dos grandes problemas das sociedades. O pensamento de Debord tem perspectiva marxista e se concentra na crítica radical ao fetichismo da mercadoria, tal como ela se apresenta no seu modo de produção. Um dos pontos fortes do pensamento de Debord é a crítica radical contra a presença de imagens na sociedade – na sua concepção, elas podem induzir à passividade e à aceitação do capitalismo.

Passar duas horas na televisão a transmitir imagens de um velório de uma criança que morreu supostamente afogada pela mãe, acompanhadas de comentários pela Astróloga Cartomante Maia é algo quase tão surrealista que se a cena passa numa televisão num espaço público, como um Café por exemplo, alguém entra e pede ao dono do café para mudar de canal, sujeita-se a ser abatido de imediato.

Ora, eu não necessito de ler um determinado livro para saber se o livro é ou não interessante. Creio existirem vários factores para eu raciocinar se leio ou não, o dito cujo. Uma senhora que diz isto (Clique aqui para ouvir este nojo) não pode escrever livros que me interessem, poderá interessar a uma grande maioria, mas não estou preparado para levar com a ejaculação precoce da senhora, ponto.

Raquel Varela publicou aqui:  https://raquelcardeiravarela.wordpress.com/2016/03/01/o-suicidio-do-pingo-doce/ e partilhou-o no Facebook. Entre mensagens de regozijo e agradecimento, para afirmar de que existe o contraditório apareceram inúmeras mensagens de gente ressabiada que acha que a Raquel Varela não pode criticar um livro porque simplesmente não o leu.

E assim vai Portugal.
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