12 de agosto de 2017

O "CUBO NEGRO" NA RIBEIRA DO PORTO

Há uns anos estava eu a trabalhar na "Cidade Invicta" e sempre que tinha os meus tempos livres (e se não estivesse muito cansado) aproveitava para conhecer melhor o Porto.
Um dos locais de minha preferência era a Ribeira, as suas vielas, a partida e a chegada dos barcos que subiam o Douro e toda aquela azafama que me transportava para os tempos da minha infância sempre que visitava Setúbal, terra da minha mãe.
Não sei quantas vezes me cruzei com o Cubo na Praça da Ribeira, mas sempre me interroguei e interrogava às gentes tripeiras o porquê daquela estrutura.
Nunca fui capaz de obter uma resposta que me satisfizesse, entre o não sei e outras respostas vazias de conteúdo houve um livreiro que me soube responder (à maneira dele) a razão daquela estrutura. Estava relacionada com uma fonte romana que em tempos ali existia e de onde se aproveitaram os antigos blocos de granito para a construção do Cubo. Fiquei com a sensação que o Sr. sabia mais do que o que me contou, mas pronto a coisa morreu ali.
Aquilo que o livreiro me contou é mais ou menos o que podemos encontrar aqui: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2934.pdf (o documento em formato pdf pode ser descarregado e na página 14 ou página geral com o número 628, encontramos  referências ao Cubo da Praça da Ribeira).


Foto Diário de Notícias

Aqui neste link poderão ler sobre o falecimento do Escultor José Rodrigues autor do Cubo da Praça da Ribeira.
http://www.dn.pt/artes/interior/morreu-o-escultor-jose-rodrigues-autyor-do-cubo-da-praca-da-ribeira-5382241.html

Entretanto o tempo e as outras coisas da vida, apagaram da memória a minha curiosidade sobre aquela estrutura, até há pouco quando nas minhas buscas pela NET (via OCCUPY PT no Facebook) encontrei este blogue:

23 de julho de 2017

AS SARDINHAS; OS TECNOCRATAS DO IV REICH; OS NEO-LIBERAIS TUGAS; OS COMUNISTAS QUE COMEM CRIANCINHAS AO PEQUENO ALMOÇO...



Quando ainda vivia na minha terra natal, fazia parte de um grupo de amigos que reunia uma vez por mês e alugava-mos um barco para irmos para a pesca no mar, na zona de Peniche.
À segunda ou terceira saída para o mar já no regresso da pescaria com o sol quase a esconder-se demos com uma imagem surrealista (pelo menos para mim), um tapete de peixes mortos a boiarem, que se estendia até perder de vista.
Perguntei ao Mestre do barco o que era aquilo e com um sorriso forçado  lá me explicou que se tratava de sardinha que tinha sido atirada ao mar.
Porquê?
Hesitando, quase que engolindo as palavras, lá conseguiu explicar-me que tinha sido enviado a ordem para as traineiras deitarem borda fora toda a safra daquele dia. Entre a minha cara de parvo e o riso dos meus colegas, lá me foram explicando que cena era aquela.
Cena que acontecia amiúde e tinham semanas que não passavam daquilo, peixe (já morto) atirado borda fora.
Ou seja, toneladas de sardinha (nem faço sequer uma ideia de quantas), centenas, milhares de toneladas de peixe atiradas fora, porquê? Para quê?
 - Para o preço não baixar na lota. Leram bem, eu repito, PARA O PREÇO NÃO BAIXAR NA LOTA.



Apenas na Lota de Peniche, agora imaginem no total da costa portuguesa.
Em Portugal e em outros países subdesenvolvidos é assim que se faz.
Para o preço do peixe não cair na Lota, deita-se a safra borda fora (neste império de cães raivosos, leia-se capitalismo, é assim que se faz, com o peixe, com a fruta, com os legumes, com as batatas, deite-se fora. Há muito, enterre-se. Há muito, os preços não podem baixar...)
Quem deu as ordens para os barcos deitarem ao mar todo o peixe?
 - Não sei.
Quem lucra com isso?
 - Ah! Isso já sei, A Docapesca.
A Docapesca foi 'criada' em Portugal por decreto lei em 1956, ou seja, num período muito "profícuo" para os portugueses.
Lembram-se do Tenreiro? Sim, Henrique Tenreiro, o "Patrão das Pescas"?
 - Sim, era militar no Estado Novo, mas era ele que controlava tudo o que dizia respeito às pescas durante a ditadura. Da promiscuidade entre a ditadura de Salazar e o poder económico todo o mundo sabe, mas quem quer aprofundar a coisa pode ter acesso aqui e saber mais:
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218729406D7rDD2xe0Dy51UR4.pdf


Até 1974 é Henrique Tenreiro quem define as directrizes da política nacional de pescas, controla e dispõe sobre todas as fontes de financiamento dos programas de renovação das frotas. De 1953 em diante preside ao conselho administrativo do Fundo de Renovação e Apetrechamento da Indústria da Pesca, o célebre FRAIP, donde provém boa parte do financiamento dos programas estatais de renovação das frotas de pesca. Ao poder financeiro Tenreiro acrescenta extensos poderes de gestão empresarial de um expressivo sector público-corporativo das pescas que, por finais de 1960, engloba trinta «organizações», entre grémios, sociedades mútuas de seguros, cooperativas de aprestos e empresas dependentes da organização corporativa. Desde o tempo da guerra, Tenreiro impõe a concentração de capitais em sociedades de armadores controladas pelos grémios (casos da SNAB e da SNAPA), cria empresas formalmente privadas investidas de funções oficiais de intervenção no abastecimento de pescado (caso da Gel-Mar, criada em 1957), concessionárias, como a Docapesca (1956), e secções especializadas de grémios de vocação empresarial (Serviço de Abastecimento de Peixe ao País, em 1956).

A Organização das Pescas não era, porém, uma realidade unívoca. Ao poder tutelar de H. Tenreiro eximiam-se — sendo até hostis a qualquer interferência sua — os organismos de coordenação económica, Comissão Reguladora do Comércio de Bacalhau e Instituto Português de Conservas de Peixe, ambos territórios de «administração indirecta» do Estado. Na obsessão de tudo enquadrar de modo a garantir que a «campanha do bacalhau» e o fomento das demais pescarias corressem sem sobressaltos, o Estado delega em Tenreiro uma importante função arbitral que o próprio interpreta de forma expedita e zelosa: cabe-lhe impor a colaboração institucional entre capital e trabalho, vigiar o comportamento de ambos e chamá-los a uma cooperação permanente com os poderes públicos e corporativos.
Entretanto aconteceu Abril, Tenreiro depois de rer estado detido cerca de ano e meio em Portugal a Direita emergente de uma série de Contra-Golpes ou Contra-Revolução manda-o libertar ele parte para Espanha para se tratar e depois refugia-se no Brasil até à sua morte em 1994.
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Entretanto os tugas 'conscientes' destas coisas da cultura e da história de Portugal, escolhem para os governar um fuinha manhoso com cara de raposa que com toda a sua manha leva a segunda maior frota de pesca do mundo a ser desmantelada, oferecendo aos pequenos proprietários de barcos de pesca (leia-se pescadores) determinadas quantias de dinheiro para "abaterem" os seus barcos. Ao princípio alguns ainda resistiram mas eram 'coagidos' com determinadas pressões executadas por "agentes" ao serviço dos tecnocratas do Quarto Reich (leia-se União Europeia, na época CEE) e assim, Portugal, como uma das maiores potencias mundiais na pesca, fica reduzido à sua insignificância ou seja, nem aparece hoje nas estatísticas.
As pescas, num país com uma das zonas económicas exclusivas maiores no mundo (Portugal possui a 3ª maior zona económica exclusiva da União Europeia e a 11ª do mundo. 11% da ZEE da União Europeia pertence a Portugal), ficaram nas mãos dos espanhóis, dos franceses, dos chineses e de alguns capitalistas tugas, talvez investidores na Docapesca, quem sabe, afinal trata-se de uma S.A. (Sociedade Anónima).
Esta a sina de Portugal, no Estado Novo era o sr. Tenreiro, na Democracia foi o sr. Silva, esse nobre arquitecto do neo-liberalismo Tuga e os Soares e os tantos amigos do sr. Mitterrand e do sr. Schäuble.
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São agora os portugueses acusados de comerem "muito" peixe colocando em causa a sobrevivência das 'espécies', os tugas que nem dinheiro tem para o carapau do gato.
Vem depois os pasquins do Observador, do Sol e outros abcessos acusarem os golfinhos, o aquecimento global e outras merdas de serem responsáveis pelo desaparecimento das sardinhas. É preciso ter lata!

E andaram os portugueses com tanto medo daqueles que comem criancinhas ao pequeno almoço.
Os neo-liberais e seus lacaios 'comem' as criancinhas, 'comem' os pais das criancinhas, comem os avós das criancinhas, comem tudo e não deixam nada e o perigo são os comunistas.
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Fontes:
 - Álvaro Garrido – Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
 - Museu Marítimo de Ílhavo
 - Google
 - Wikipédia


19 de junho de 2017

SOCIOPATAS & PSICOPATAS (CUIDADO! ELES SÃO MAIS QUE AS MÃES)


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- Pode-se tratar um(a) Sociopata ou um(a) Psicopata?
 - Não. Não existe tratamento para estas doenças também qualificadas de "Transtornos Sociais", mas alguns medicamentos conseguem 'controlá-los'. Nos meios científicos  há quem qualifique a origem destes transtornos como hereditários, lesões cerebrais e abusos ou negligencias durante a infância.

 - Um(a) Sociopata ou um(a) Psicopata, podem ser perigosos?
 - Sim. Podem ser extremamente perigosos e até colocarem a vida deles e a dos outros em perigo.

 - Existem muitos Sociopatas e Psicopatas no Mundo?
 - Não se sabe o número exacto, mas calcula-se que os Psicopatas serão 1% da população e os Sociopatas cerca de 4%.

 - Quais as diferenças (se existem!) entre Sociopatas e Psicopatas?

 - Os sociopatas são normalmente menos emocionalmente estáveis e altamente impulsivos – seu comportamento tende a ser mais irregular do que o dos psicopatas. Quando cometem crimes – violentos ou não violentos – os sociopatas actuarão com muito mais compulsão. E eles não terão paciência, deixando mais pistas pela sua impulsividade e falta de planeamento.
Os Psicopatas, por outro lado, irão planear seus crimes até ao mais ínfimo detalhe, calculando todos os riscos para evitar a detecção. Os Psicopatas não se empolgam no momento e cometem menos erros, como resultado.

Muitos psicólogos ainda debatem se os dois deveriam ser realmente diferenciados, mas uma coisa é largamente acordada: psiquiatras usam o termo psicopatia para ilustrar que a causa do transtorno de personalidade anti-social é hereditário. A sociopatia descreve comportamentos que são o resultado de uma lesão cerebral, ou o abuso e / ou negligência na infância.


Em suma, os Psicopatas nascem e os Sociopatas são feitos.

 - Se os Psicopatas nascem e os Sociopatas são feitos, são feitos onde?
 - Depende de o meio onde se movimentam. Existem "Escolas" que são verdadeiras linhas de montagens em série de sociopatas, alguns exemplos:
 - Organizações de Juventudes Partidárias; algumas Universidades do Sistema; Colégios Internos das Elites Psicopatas/Sociopatas; Organizações Religiosas; Grandes Clubes de Futebol, etc.
Alguns Sociopatas são formados em organizações similares no estrangeiro, sendo que nas alturas certas são 'convidados' a virem à Pátria Mãe aplicarem o que aprenderam lá fora.

 - Alguma vez a Humanidade ver-se-á livre destas enfermidades?
 - NUNCA! Nos primórdios dos tempos haviam Abel, Caim e pouco mais e já havia Sociopatas e Psicopatas em barda!

Está interessado(a) em mais pormenores sobre estas corjas?
Pode consultar algumas fontes aqui:
 - http://super.abril.com.br/ciencia/todos-nos-somos-um-pouco-psicopatas/
 - http://www.psicologiadirecta.pt/content/qual-diferen%C3%A7a-entre-psicopata-e-sociopata

* - A foto que encabeça este artigo é o resultado de um teste que o autor deste blogue fez para saber o seu grau de Psicopatia. O resultado final foi de 10, valor que atinge cerca de 4% a 5% da população mundial. Valores acima dos 30, cerca de 1% da população, são considerados psicopatas.
Pode fazer o seu teste aqui (em inglês): http://vistriai.com/psychopathtest/
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