20 de outubro de 2018

MAIS UM ESQUEMA DO HIPERMERCADO CONTINENTE DA SONAE



Aviso prévio: se o leitor é fanático por promoções radicais de vinho e é dado a depressões, o melhor é não ler este texto. Passe à frente, que nós não o queremos triste.

(Em RiseUP Portugal no Facebook)



1º ACTO
Quando eu era um gajo 'decente' (depois fiquei desempregado e logo fui promovido à categoria dos 'indecentes') o pai de uma 'amiga' festejava o aniversário nesse dia. Convidado para o jantar comemorativo fui comprar um vinho que para mim era do melhor. Só que custava 0,90 cêntimos. Como eu tinha consideração pela pessoa pensei em juntar o útil ao agradável, comprei um bom vinho (era aquele que eu bebia) por uma quantia modesta. Bom para o senhor, pois se tratava de um bom vinho, bom para mim, em tempo de crise há que poupar. Ora a filha do senhor aniversariante não concordou, em levar um vinho de 0,90 cêntimos (#!Q'?!#) para o jantar. Fui então aconselhado a comprar um outro vinho precisamente aquele que o senhor bebia. Assim foi, comprei o outro vinho pela módica quantia de 2 euros e qualquer coisa. Veio o jantar, comeu-se e bebeu-se tudo na mais santa paz.
Passadas umas duas ou três semanas recebo na caixa do correio a revista Proteste da Associação de Defesa dos Consumidores, DECO ( onde era subscritor) e qual não foi o meu espanto nesse número trazia um teste aos vinhos que se vendiam em Portugal. A revista Proteste, salvo erro de memória, trás todos os quinze dias publicado um teste que a DECO faz, sobre vários produtos, nessa semana era sobre vinhos.
Nesse teste, o 1º Lugar foi para o vinho que eu bebia e que queria oferecer ao senhor. Tinha sido considerado o melhor do teste, melhor na qualidade, melhor na apresentação (engarrafado numa garrafa tipo champanhe de cinco estrelas) e o melhor economicamente. Esse vinho era nacional (norte do país) e comercializado em Portugal por um supermercado estrangeiro ou seja não era um supermercado português e nem sequer francês. O vinho que acabei por levar ao senhor nem na lista dos vinte melhores aparecia. Mas custava mais de dois euros e isso é que era importante.

2º ACTO
Os empresários portugueses (salvo raríssimas excepções) estão qualificados como uma coisa entre "sacanas" e "analfabrutos" (opinião muito pessoal). Sucesso para esses gajos é pagarem o pior possível aos seus "colaboradores", até aqui eram trabalhadores e venderem gato por lebre o melhor possível. Tratam os seus clientes como grandes imbecis e estúpidos e estão convencidos de que inteligentes são eles, ora acontece precisamente o contrário, Portugal está entre os países mais atrasados da Europa a começar nos empresários que tem e a acabar nos banqueiros.

3º ACTO
É necessário levarem em conta de que a notícia do Jornal de Negócios só aparece porque as comadres estão 'zangadas'. Trata-se de uma noticia verdadeira (coisa rara na media tuga) e 'ataca' o 'modus operandi' dos senhores da SONAE que é similar ao de outros canalhas da grande distribuição. O Jornal de Negócios pertence ao Grupo Cofina tal como o Correio da Manhã e aquilo está tudo falido. Ora, a SONAE que evita fornecer publicidade que se veja ao Correio da Manhã e ao Jornal de Negócios (tem o seu próprio meio de propaganda, o Jornal Público) teve que levar um apertão (com a Cofina não se brinca) e assim surge esta informação que a maioria dos consumidores já conhecem há muito, embora na prática estejam se cagando, porque o que importa são as aparências.

4º ACTO
A noticia do Jornal de Negócios, aqui:

26 de maio de 2018

- MERITOCRACIA - Mediocracia ou Merdiocracia (de merda)?

Meritocracia, simplesmente mais um neologismo inventado por uma direita apodrecida mas ainda rastejante, perante um capital sanguinário que vai destruindo tudo pela frente, apenas para engordar ainda mais.
Portugal, não sendo a pátria deste fenómeno linguístico, de acordo com quem sabe foi Michael Young, um sociólogo britânico que na década de 50 do século passado o inventou, dizia eu, não sendo a pátria, está o país repleto de indígenas 'méritocráticos' que de medíocres para baixo saltaram as barreiras e são hoje verdadeiros príncipes de uma pseudo democracia à beira mar instalada. 

Seria uma tarefa gigantesca mas não impossível de destacar aqui, a quantidade de indígenas dessa categoria, cito apenas alguns que não sendo os mais importantes foram os grandes "chico-espertos" que se amanharam em terra de cegos. Nunca contribuíram para o engrandecimento de Portugal e quando a história for escrita de novo serão lembrados como canalhas que aproveitando a herança salazarista de um povo atrasado e ignorante subiram através da Meritocracia e são hoje príncipes de um quintal que se tornou pequeno para tantos oportunistas:  

- Os Cavacos; Os Amarais das pontes; Os Barrosos; Os Banqueiros; Os Relvas; Os Portas; Os Euro-Deputados;  Os Deputados com escritórios de advogados; Os Loureiros; Os Passos; Os Limas; Os que tem os contratos das PPP; Os que tem reformas milionárias e só "trabalharam" meia dúzia de anos (alguns nem isso)... Uf! Os que compraram o Pavilhão Atlântico por meia dúzia de euros que custou aos portugueses quase sessenta milhões; Os intermediários nas privatizações, vulgos traidores que encheram o cu e engrossaram os 'pentelhos' vendendo Portugal a retalho; Os Pintos; Os Assis... todos apoiados e defendidos por um sistema judicial que vive encantado em morder apenas os descalços.



O ideal de Platão 
O ideal do pensador era o governo do rei sábio, de alguém indicado à regência da sociedade por sua inteligência e conhecimento, perfeitamente capaz de conduzi-la pelo caminho do bem, do belo e do justo.
Feita uma ampla seleção pela educação e classificação das almas, o poder deveria ser sempre exercido por um filósofo, um amante da sabedoria capaz de discernir perfeitamente o que é melhor para o povo. Todavia, o que imperou ao longo da história dos regimes políticos não foram os critérios do filósofo. Na sua larga parte, as sociedades da Idade Antiga e Medieval eram governadas pelos privilégios do sangue ou da casta a qual o dirigente pertencia.
Nobres ou aristocratas, através dos séculos, consideravam os assuntos públicos como pertinentes à sua esfera de responsabilidade, tratando as coisa do governo e suas instituições como extensões dos seus interesses privados. Nas sociedades menos civilizadas, a escolha do chefe media-se pelos seus atributos no terreno da guerra: o rei ou o soba tinha que ser um valentão destemido.
 Era absolutamente natural na Idade Média ver um duque, um conde ou um barão assumir posições de mando religioso, civil ou militar. Tinham "direito" a isto não por virtudes pessoais, mas sim pelo imperativo do nascimento. As monarquias eram monopólio de famílias dinásticas.
 Na Europa, os Habsburg, os Tudor, os Bourbon, os Hohenzoller e os Romanov impunham seus descendentes como governantes inquestionáveis. Eles, por sua vez, ao escolherem seus ministros e assessores, também cuidavam de respeitar a tradição, indicando para os altos postos, mesmo os da igreja, indivíduos ligados às fidalguias de sangue azul.
 Tal costume de selecionar os governantes pelo critério nobiliárquico foi profundamente abalado pelas duas revoluções atlânticas, a norte-americana, de 1776, e a francesa, de 1789. Fortemente embaladas pelos ideais rousseaunianos de igualdade social, as Revoluções Liberais, ao removerem a nobreza do poder, instalaram a MERITOCRACIA .                                                                                                               

De forma quase didática, um ilustrador australiano resumiu bem como a ideia de que as pessoas têm as mesmas oportunidades não é verdadeira aqui:                           https://www.revistaforum.com.br/quadrinho-desconstroi-o-conceito-de-meritocracia/                                                                                                                                                                                  

FONTES e PARA COMPREENDER MELHOR a MERITOCRACIA:
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Meritocracia
- https://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/10/a-falacia-da-meritocracia.html
- https://www.terra.com.br/noticias/educacao/historia/o-mundo-entre-a-meritocracia-e-a-mediocracia,4308affdfb1ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html



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