15 de maio de 2020

Vírus: Gain of Function, o pesadelo

Prontos para uma viagem no terror? Não o terror cinematográfico mas aquele real, que nos rodeia.


O Instituto Pasteur é uma fundação francesa privada, sem fins lucrativos, dedicada ao estudo da biologia dos microorganismos, das doenças e vacinas. Fundado em 1887, tornou-se uma organização internacional, mantendo uma posição de vanguarda na pesquisa científica de doenças infecciosas. Esteve na origem de descobertas revolucionárias que permitiram à medicina controlar doenças tais como difteria, tétano, tuberculose, poliomielite, gripe, febre amarela e a peste epidérmica. Oito cientistas do Instituto já foram agraciados com o Prémio Nobel. Actualmente, o Instituto Pasteur é constituído por 100 unidades de pesquisa, emprega cerca de 2.700 pessoas, sendo 500 cientistas do quadro permanente. Resumindo: é um dos centros de excelência de nível mundial do sector.
Então, se o Prof. Simon Wain-Hobson for o Chefe da Estrutura de Retrovirologia Molecular do prestigiado Instituto Pasteur de Paris, temos a certeza de ter pela frente um dos máximos especialistas do planeta. Entrevistado pelo jornalista Paolo Barnard, Wain-Hobson fala também de Coronavirus, mas o foco da conversa é outro: Gain of Function, expressão inglesa que podemos traduzir como “Ganho de Funcionalidade” e que esconde uma das mais terríveis ameaças que o género humano alguma vez enfrentou.
Gain of Function é o processo que consiste em pegar num vírus e, com técnicas genéticas moleculares, transforma-lo numa máquina de infecção e morte. Se um destes vírus fugisse do controle ou se fosse voluntariamente espalhado, a Covid-19 pareceria uma brincadeira de criança.
Um verdadeiro pesadelo, de fabricação 100% humana, obviamente.
                                                                                    

Entrevista com o Prof. Simon Wain-Hobson



As fugas de vírus pandémicos estão na ordem do dia e muitas vezes é apenas a sorte que impede uma tragédia.
Em 1977, o mundo estava convencido de que a mortífera varíola tivesse sido derrotada para sempre. Mas, no ano seguinte, um laboratório britânico infectou um jovem com varíola que morreu. Só uma rápida reacção impediu a pandemia.
O vírus Sars, altamente mortal, escapou do laboratório seis vezes num ano após a pandemia de 2003, e quatro dessas fugas aconteceram do mesmo laboratório em Pequim.
De 2005 a 2012, a Agência dos Estados Unidos para os Agentes Tóxicos recebeu 1.509 relatórios de fugas dos laboratórios. Só em 2010 houve fuga de 244 componentes de armas biológicas.
Em 2014, a FDA (Food and Drug Administration) dos EUA descobriu centenas de frascos de vírus abandonados numa sala durante anos, numa caixa com seis frascos da mortal varíola.
Pelo menos 42 laboratórios em todo o mundo trabalham com vírus pandémicos e estima-se que dentro de 12 anos haja uma probabilidade de 80% de fugas.
                                                                                                              http://informacaoincorrecta.com/                                                     

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