19 de fevereiro de 2011

Caramelo poderá provocar cancro


Não, não se trata do caramelo caseiro das nossas avós, mas sim daquele corante de caramelo amplamente utilizado na alimentação que por questão de menor custo de produção é fabricado por reacção química com substâncias potencialmente cancerígenas.

Fabricar.Caramelo.Industrial.                                                              O açúcar que consumimos é extraído da cana-de-açúcar por pressão aos esmagá-las ou da beterraba por difusão em água quente. Uma vez separados os outros componentes, é cristalizado e seco.
Para produzir caramelo, ele não é fabricado como se faz em casa aquecendo o açúcar com água num tacho até que este escureça e caramelize. Na indústria, para acelerar o processo, utilizam-se sulfito cáustico, amoníaco ou sulfito amoniacal. O caramelo é o corante mais utilizado na alimentação industrial, e tem como códigos: E150a (natural, caramelo cáustico), E150b (processado através do sulfito cáustico), E150c (processado através do amoníaco) e o E150d (processado através do sulfito amoniacal).

Encontramos estes corantes de caramelo em numerosas bebidas como as colas, whisky, rum ou brandy, mas também em sobremesas ou nos cereais que comemos ao pequeno-almoço. Os mais utilizados são o E150c * e o E150d. **

Uma outra maneira de obter o caramelo industrial é através do milho. Aqui além dos químicos usados no seu fabrico temos também a probabilidade de esse milho ser transgénico, com todos os possíveis problemas para a saúde que estes colocam.

Caramelo cancerígeno.
Esta semana, um grupo de consumidores pediu à FDA (Food and Drug Administration) a proibição da utilização de certos corantes de caramelo, e em particular os usados na Coca-Cola e Pepsi-Cola, por suspeição de provocar cancro.

O Center for Science in the Public Interest (CSPI) americano, declarou que vários estudos foram feitos em animais e que o consumo de corante de caramelo provoca o aumento da incidência de vários cancros. Explicam que as reacções dos açúcares com o amoníaco e os sulfitos produzem dois agentes cancerígenos: o 2-metilimidazol (2-MEI) e o 4-metilimidazol (4-MEI).
*/** De acordo com o Guia VENENO NO SEU PRATO? da Deco Proteste, estes aditivos são de evitar. Produzem efeitos nefastos em doses muito fortes: cãibras,diminuição do apetite e dos glóbulos brancos (experiências com ratos); perturbações gastrintestinais. Encontramos estes aditivos também em salsichas, salames e pâtés, hambúrgueres vegetais, decorações e revestimentos em produtos de pastelaria e padaria fina, gelados, sobremesas, compotas, doces e geleias, legumes em vinagre, aperitivos, cascas de queijo, tripas comestíveis, cereais de pequeno almoço. Refrigerantes, cerveja preta, sidra, vinagre, molhos, sopas e pudins.

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