3 de maio de 2011
O Maior Cegueta É Aquele Tuga Que Anda Há 35 Anos A Distribuir Votos Nas Duas Maiores Organizações Mafiosas De Portugal
"Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrarem crescentes tensões e consequentes convulsões sociais".
"Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela União Europeia (UE) para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde a UE mais investiu “per capita” e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições publico-privadas, fundações e institutos de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estratégicamente endereçados a elementos ou próximos deles, dos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória (policial*) junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Pública, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido Comunista) vilipendiado pela comunicação social (**), que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste bêco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs, as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comércio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o “chefe” recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem tenha o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas séniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, “non gratas” pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios".
* Opinião do Bloguista - Hoje, comparam-se as Finanças à antiga PIDE-DGS pela perseguição que fazem junto dos mais pequenos, poupando os grandes proprietários cujas dívidas ao fisco da ordem dos milhões prescrevem descaradamente.
Uma dívida de 500 ou 1000 euros ao fisco é motivo para penhorar uma casa (cuja proprietária está morta no seu interior há uns anos), outra de 700.000 ou de Milhões de euros, prescreve, porque o devedor pertence ao Establisment.
** Opinião do Bloguista - Ainda existe gente em Portugal (embora não se manifestem), que está convencida que os Comunistas comem criancinhas ao pequeno-almoço.
Este artigo (muito contestado) circula na Net e é atribuído a um filósofo francês de nome Jacques Amaury ( há quem escreva Jaques) que supostamente lecciona na Universidade de Estrasburgo. Seja francês, marroquino, etíope ou um Tuga qualquer que com medo escreveu sob anonimato, o certo é que me identifico totalmente com o exposto porque simplesmente trata os bois p'lo nome. A atestar esta minha observação, o estado a que isto chegou. Se por ventura, o(a) caro(a) leitor(a) precisar de mais dados a comprovar tudo o aqui escrito, terei todo o gosto em responder. Mas por favor não me peçam para atender, 'Ceguetas', 'Carneiros', 'Idiotas' e afins.
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